segunda-feira, 11 de março de 2013

E SE FOSSE O CONTRÁRIO?

Eu já disse que meu Blog não foi criado para discussão de assuntos polêmicos. Eu garanto que estou muito disposta a levar este propósito adiante e é justamente por isso que peço desculpas a quem me lê para trazer aqui (espero que pela última vez) um assunto que foi exaustivamente discutido no decorrer da semana passada: a eleição do deputado Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Eu não queria mesmo falar sobre isso, entretanto, como publiquei algo a respeito na minha página do Facebook, um amigo me pediu para esclarecer minha opinião e, como ficaria muito extenso para aquela Rede, resolvi fazê-lo através deste meio.
Muito bem, comecemos com a definição de PRECONCEITO extraída do dicionário:
 
 
Preconceito: Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; idéia preconcebida; 2. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste; prejuízo. 3. Superstição; crendice; prejuízo; 4. Suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões etc.
 
Já que dentro do conceito de preconceito menciona-se a palavra IGNORÂNCIA, trago também o conceito desta:
Ignorância: Condição de quem não é instruído; 2. Falta de saber; ausência de conhecimentos; 3. Estado de quem ignora ou desconhece alguma coisa, não tem conhecimento dela.
Leiam , agora, a transcrição ipsis litteris o que publiquei no Facebook:

Só prá começar o fim de semana com um pouquinho de polêmica: Eu sou totalmente contra toda e qualquer restrição a direitos. Expondo de uma maneira extremamente singela, todos têm direitos e deveres iguais. Também fico revoltadíssima com injustiças, com violência, agressões gratuitas etc. Agora pergunto: Homofobia não pode mas "evangélicofobia" pode? Ah, entendi! Bem, tenho certeza absoluta de que não haverá comentários sobre esta publicação, mas também sei que há muita gente lendo isso. Fiquem quietos mesmo. Silenciem-se. Não há nada a dizer...”
Foi a partir da manifestação acima que veio a pergunta sobre minha opinião e aqui estou eu para expô-la da maneira mais breve possível.
Primeiro, para quem não sabe, eu não sigo a religião Católica Apostólica Romana. Tenho fé em Deus e sigo Sua Doutrina tal como pregada na Igreja em que frequento. Para quem quiser saber qual é, direi pessoalmente porque não convém fazer menção aqui para que não se confunda com propaganda religiosa. Apenas esclareço que é uma Igreja conhecida como “Evangélica”. Como todos sabem, Evangélico é todo aquele que segue o Evangelho de Jesus Cristo.
Calma, não precisa parar de ler por aqui pensando que vou defender o tal deputado Marco Feliciano, pelo contrário.

Quero é deixar bem claro que as opiniões daquele senhor estão muito, mas extremamente distantes de tudo aquilo que eu, Evangélica, aprendi. Para quem não sabe, um Evangélico que realmente leva a sério o que aprende, simplesmente cuida de sua vida e se preocupa em ser um ser humano melhor a cada dia, seguindo os bons ensinamentos que recebe e procurando amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Isso é, de uma forma muito resumida, o que qualquer Cristão deveria fazer.  
Podem ter certeza de que Evangélicos não discriminam nenhum ser humano, pelo contrário, consideram todos iguais perante Deus. Sabem que ninguém é melhor que ninguém e que todo e qualquer tipo de discriminação é execrável! Que todo e qualquer preconceito é abominável! Não, não gostam de pessoas preconceituosas como o recentemente eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Não, o deputado Marco Feliciano não me representa e, acredito, a nenhum outro Evangélico que leva a Doutrina Cristã a sério.

Entendam de uma forma definitiva: toda e qualquer generalização leva ao erro! Não podemos colocar todos os Evangélicos nesta panela, dizendo que todos pensam como aquele homem.
Eu não vou me estender neste tema. Só quero que entendam que o deputado Marco Feliciano não representa todos os Evangélicos. Deu para entender ou preciso desenhar?
Bem, esclarecido isso, vamos à pergunta que não quer calar: e se fosse um deputado negro e gay falando contra os Evangélicos?
Ah... pois é né. Será que haveria tanta comoção? Será que os não Evangélicos sairiam pelas ruas em protesto? Digo os não evangélicos porque, pelo que vi, muitos não gays e não negros saíram em protesto contra o tal deputado, simplesmente por se dizer ele um Evangélico.
 
E aí, seria a mesma coisa?

Será que por trás dessa movimentação toda não está implicitamente contido um grande preconceito dirigido contra os Evangélicos? Tenho certeza DE que sim. E é por causa do maldito preconceito.
Eu não digo todos mas tenho certeza de que muitos ali protestavam contra o fato de o deputado ser Evangélico e não contra o fato de ele ter dito as besteiras que disse.
Tudo por causa do preconceito que, conforme definição copiada no início desta mensagem, leva a opiniões formadas antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento. Julgamento ou opinião formada sem levar em conta fatos contestadores. Intolerância, ódio irracional, aversão etc.
É um horror este preconceito! Faz as pessoas agirem como ignorantes, cometerem atos imprudentes e prejudiciais, E o pior de tudo é que é invencível. Ninguém pode com ele, ninguém.
Maldito preconceito!

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